domingo, 31 de julho de 2011

Há merdas que não entendo.

Já escrevi aqui anteriormente que este blog serve para mim.É um diário para a minha loucura-espero-controlada.
Não entendo a transformação de uma coisa destas numa marca ou numa luta de egos.Acaba por parecer o marshmallow man do "ghostbusters" aos tombos pela rua, sem graça nenhuma.
Dito isto e sem me referir a ninguém em especial (acho que as pessoas são maiores e vacinadas e sabem responder por si), permitam-me afirmar que esses descontrolos informáticos não passam de pura e simples merda.
Já noutros poisos tive um anónimo a querer chatear com uma piada que fiz envolvendo pessoas mortas.
Para que não haja dúvidas, caso isso volte a acontecer:
1) Só peço desculpas a entidades físicas e quando acho que o merecem. Não o farei a alguém que aqui venha chatear. Esses podem desde já ir para o c"%&/&(&o que os f&/a;

2) Por mais que me chateiem, não vou mudar o que sou ou o que escrevo.
Só criei o "processo de insolvência" porque, com grande pena minha a informática não ajudou.

É só...

Coincidências!?

Reparei no último número da "dica da semana" que a directora da referida publicação mudou.Nada de preocupante acha o leitor?
Factos:

- O miguel relvas tem um ar boçal que não se aguenta;

- São neste momento dez para as onze;

- Hoje esteve uma bela tarde de praia;

- Tenho um primo cujo filme preferido é o "bad boys". O primeiro. O segundo já acha que é estúpido;

- A piscina do Pisão não tem a bandeira da noruega.Tem a do uruguai, mas a da noruega nem vê-la;

- Ainda me consigo lembrar do franjinhas e do carrossel mágico;

- O mesmo primo que gosta do "bad boys" tem como canção preferida o "i want it that way" dos backstreet boys";

- Estou neste momento a ouvir essa merda só para ter embalo para escrever isto;

- O lidl parece um armazém soviético;

- Tenho um amigo que grita "suas badalhocas!!" quando passa de carro na 24 de julho em sextas à noite. Isto quando vê raparigas.Quando vê rapazes conduz calado;

- Ao menos isso bem haja;

- O miguel relvas é ministro da república;

- Porra já estou a bater com o pé debaixo da mesa e a cantar;

- A net móvel é mais lenta;

- O miguel relvas ganha mais do que eu;

Ora bem, face a isto parece ao leitor menos avisado que está tudo bem neste mundo.Mas não!
A antiga directora da "dica da semana" foi longe demais.Aquelas entrevistas ao ricky martin e à moranguita da semana só a podiam colocar em problemas.
A colocar o dedo na ferida...Coitada,bem se lixou.
A liberdade de imprensa é isto mesmo. Uma luta constante para trazer o que os poderosos não querem que se saiba. Que o terceiro disco do henrique iglesias foi um prazer para ser gravado.
Cabrões!!!
Ou acham que a troika entrou por aqui adentro por causa da ecomomia ou merdas do género!?
O teu nome...coisinha, nunca será esquecido por mim.
Estás aqui no peito.

sábado, 30 de julho de 2011

Ao terceiro sinal serão duas horas zero minutos e zero segundos

Agora deu-me para ter insónias. Nos dias que tenho tido-férias-a coisa acaba por não me preocupar por aí além.
Escrever a esta hora é giro por diversas razões. Apercebo-me que escrevo para mim.Mais do que acontecia anteriormente no "a minha vida é uma festa".
Como não existem seguidores nem nada que se pareça, acaba por ser um diário a que recorro quando me apetece.
Nunca pensei que ganhar esta rotina quase diária fosse tão importante.E sadia para o meu espírito.É uma sauna para a alma.
Ouço o mar por entre o som das teclas a martelar.Faz um contraste giro.Acalma-me saber que, por muita gente que exista neste momento por este mundo fora ninguém está a produzir qualquer outro som para além destes dois.
Alguém ainda se lembra da figura materna vir ao nosso encontro com uma concha na mão, afirmando que o som das ondas estava lá dentro?Conservado em âmbar sonoro aparentemente...
Mais velhos, lá nos explicam que tem a ver com a configuração da concha ou uma merda qualquer do género.
Ganha-se a informação.Perde-se a magia daquele momento.
Entre as duas prefiro a magia.Quanto mais velho, mais noto isso. Que se lixe a explicação científica.Isso não contribui para aquele pequeno momento de felicidade, guardado no esquecimento na proporção em que a concha ganha pó num qualquer sotão familiar.
Sinto-me neste momento livre como não consigo expressar dignamente por palavras. Os sentimentos bons ou maus estão todos arrumadinhos em gavetas no peito.
No liceu, baralhava-me com o ventrículo e a aurícula. Para mim o coração era -e é- um imenso armário.Com estantes para as roupas de verão e de inverno.
Emoções que vão alternando com a passagem das estações.
(por falar nisso, quando é que um amigo com quem não trocamos uma palavra há uns cinco anos se torna em eterna roupa de inverno a guardar?)
Enquanto debito linhas, vou ouvindo canções que me foram marcando a adolescência: Nirvana, Alice in Chains, Meat Puppets.
Ocorre-me agora que não são criaturas com músicas propriamente alegres.Mas para mim são sinceras.
Enquanto tento decidir que música vou deixar, lembro-me dessa terrível condição que é a crise de meia idade.Tudo a querer comprar carros de corrida para arrastar pelas ruas esburacadas de uma cidade. Bonita imagem essa, a de um suplemento vitamínico com cem cavalos que não consegue compensar as rachas que a tristeza dos anos vai deixando no espírito.
Engravidar a primeira loura de vinte anos que lhes cruza a vista, com o desepero de salmões a trepar o riacho em direcção ao lar da terceira idade e consequente esquecimento pelos demais.
Não me assusta o ponteiro a registar o meio do dia. Não me dá para ir ver preços de carros.
Dá-me só para a insónia e para debitar palavras.
Já escolhi a música que quero deixar agora.
Chorei quando a ouvi da primeira vez, quando muita gente dizia que isto não passava de um pedido de desculpas esfarrapado de um gajo com tudo na mão.
Acaba por ser verdade.Mas quando me sinto mais triste, o mp3 tem a gentileza de encontrar este abracinho.
São agora duas e quarenta da manhã.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Guilty Pleasure

É pá, não consigo explicar muito bem a aversão que tenho ao marvin gaye.
Desde puto que acho que o gajo tem pinta de chulo rasca (como se houvesse um proxeneta com classe, mas isso são outras contas).
Em grande parte a ideia acima resulta desta pérola musical. Isto é rasca na última casa.
Na minha cabeça é uma mistura explosiva de música de engate, banda sonora de soft porno e acompanhamento musical para pais de família em comparação muscular num qualquer ginásio deste mundo.
Para ser sincero, não ajuda nada o facto de nunca ter facturado porra que se visse em festas de liceu sempre que isto tocava. Só isso era razão suficiente para odiar isto.
Mas, por estranho que pareça, sei a letra de cor e canto alegremente sempre que isto passa na rádio.
Porra...


O Freud é capaz de conseguir explicar isto...

...melhor do que eu.
De há uns meses a esta parte tenho tido um sonho recorrente. Não acabei o curso superior e basicamente isso lixa-me a vida toda.Perco o emprego,as pessoas deixam-me de falar. Um fartote.
É certo que existem pequenos pormenores que vão alterando a base desta magnífica peça. Ou me ligam da faculdade a comunicar que ao proceder a tratamento de dados decobriram que não fiz uma cadeira. Uma senhora da secretaria deu por falta de um livro de actas que assegura perante o mundo que voei sobre o inferno de uma oral.
Melhor ainda, sou chamado aos recursos humanos do patrãozinho para me moerem a cabeça por falsas declarações.
O meu pai-foi a versão desta noite-rebenta-me com a tola por ter deixado o curso por acabar, ligando-me de cinco em cinco minutos para saber se ando a estudar.
Provavelmente esta enorme fonte de alegria nocturna tem na base uma bela carga neurótica. Basta um gajo reagir pior a uma vicissitude no trabalho (e tem acontecido) para tudo o que está no passado e tanto me custou a engolir venha ao de cima.
O que me lixa mais nisto?
Da-se, o que gosto de dormir...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Para o que me havia de dar

Ouvir country rasca. Não é o cash (és grande), mas soa bem...


Pena de morte

A minha ideia inicial ao vir aqui escrever agora estava relacionada com as férias. No entanto, a televisão ligada num documentário sobre a pena de morte leva-me a debitar umas linhas sobre o tema.
Nunca fui a favor dessa mostruosidade.Nenhuma sociedade em nenhuma condição, tem o direito de matar um dos seus membros. Não é um castigo aceitável. É pura e simplesmente vingança por interposta pessoa.
Lembrei-me agora de um caramelo que me apareceu num dos primeiros jantares de faculdade a que fui.Fervoroso adepto dessa barbaridade, pouco levou até me lixar a cabeça por inteiro. Que há pessoas que não têm condições de viver em sociedade (concordo), que não têm capacidade de arrependimento (aceito).
Mas para crimes mais graves podem criar-se molduras penais mais alargadas.A cada sociedade cabe fazer essa escolha.Mas matar um dos seus cidadãos através de instituições e regras de comportamento é embelezar a brutalidade animal.
Dito isto aceito perfeitamente a prisão perpétua. Há pessoas que não podem mesmo viver entre os demais.Ponto.
Daí até a discussão passar a um sonoro convite para a criatura ir à merda foi um passo.
E daqui passamos para o maluquinho que limpou aquela gente toda na noruega.
Merece andar entre os demais?Não, não tenho a menor dúvida quanto à resposta.
Mas não sou favorável à morte da criatura. Se a presente lei norueguesa prevê uma pena máxima de 21 anos, temos pena. Que os cumpra num buraco bem fechado, sem ver luz do sol. Qualquer coisa a mais coloca-nos ao mesmo nível desta besta e isso devemos todos em conjunto recusar.

Estar de férias também é isto

Andar de papo para o ar durante umas semanitas envolve mais do que ir à praia e não fazer nenhum a seguir.
Implica apanhar na tv o grande hernâni carvalho. Com as suas teorias da conspiração próprias de quem tomou uma dose suplementar de lsd. Agora a sério quem é que paga a este gajo para dizer aquelas alarvidades face a uma plateia de velhotes. É só para lançar o pânico e matar os gajos em pleno estúdio.
Hoje dedicou-se durante meia hora a analisar um carro igual ao que o angélico conduzia quando se espatifou todo. Não sei se aquela criatura acha que houve crime (eventualmente um limpa para vidros homicida).Nunca se sabe com uma cabeça daquelas...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pensamento do dia

Nunca percebi muito bem a infância, não apreendi o conceito da adolescência e tenho enormes dúvidas quanto à idade adulta.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Adeus amiguinhos!

Que o dumb witness vai estar de papo para o ar 3 semanas.


Mas pela primeira vez na vida vou munido de pc e pen com acesso à net.
Posso sempre ao final do dia vir aqui dizer mal da criancinhas que me atiram areia para cima, essas adoráveis sacanas.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Então boa noite

Fiquem com uma das minhas canções preferidas.
Muita gente tem uma cover disto, desde a ella fitzgerald ao elvis passando pelo rod (hrrgh!!) stewart.
Esta dos marcels lembra-me um dos meus filmes preferidos, o "lobisomem americano em londres".




P.S: se não viram o filme façam esse favor a vocês mesmos, pode ser? Podem ir à confiança.

Vinte anos passam no instante.

Outro dia ouvi na rádio que os d.a.d vão voltar a portugal para um concerto.
A primeira pergunta que me surge: Porquê?
A segunda questão que me ocorre: Porquê?
Finalmente terceira dúvida: Já?
Passo a explicar.
Ao princípio fiquei perplexo.Estes gajos ainda mexem?A sério?
Por alma de quem?Por amor de deus parem!!!.
Já existe rock fm que chegue safa...
Depois fui ao youtube, descobri o "i'm sleeping my day away" e dei por mim a cantar de cor a canção.Vinte anos depois de os ter ouvido no walkman (para os mais pequenitos, os mp3 antes funcionavam com uma coisa chamada cassetes, com fitinhas e tal.A pilhas. E não cabiam no bolso).
Porque carga de água me ficou isto na tola? Porquê? (segunda questão.Que bem encadeado que isto está sim senhor...)
O que me leva à terceira pergunta. Já passaram duas décadas desde que ouvi isto.
Descobri esta banda tal como os nirvana ou os pearl jam. Em casa de um amigo que ainda hoje me acompanha por esta vida.
Há pessoas que não têm vinte anos e eu em compensação tenho amigos que me continuam a acompanhar desde o início da década de noventa.
Não tenho especiais sentimentos de saudade pelos meus dezasseis anos. Nem me afecta qualquer princípio de crise de meia idade.
Acho giro o tempo passar desta forma tão pacata, tão continuada.
Claro que temos que crescer. Mas isso não é nenhum drama.
Apesar de me ter que levantar todos os dias de manhã e enfiar-me num fato, continuo a guardar dentro de mim o puto que cantava isto a plenos pulmões.
Viva eu.