terça-feira, 20 de setembro de 2011

Há jornais amigos!

Detesto fazer publicidade, pelo que vou apelar à atenção dos meus amigos para os anúncios que estão espalhados por paragens de autocarro e outros locais públicos.
Dois jornais deste país começaram no passado sábado a editar a obra completa dos gnr a 4,99€ o cd.
Sim!!! Pela módica quantia de mil paus por semana, podemos todos ter aquelas pérolas da música portuguesa.
Os gnr são para mim a melhor coisa que passou (tirando o variações) pela música pop em portugal.
A delícia deprimente da "valsa dos detectives", que arranca com a "morte ao sol" seguida da canção que dá nome ao disco.
A tristeza abandonada do "belleveu", o cinismo do "efectivamente" ( e tantas vezes me sinto assim ao tentar manter conversa com pessoas que não me interessam).
O espelho do "bem vindo ao passado", ou a delícia que é "essa fada".
A chungaria do "popless", o romantismo (falhado) da "saliva".
Bem hajam amigos por esta iniciativa.
O primeiro disquinho que saiu já passou para o leitor de mp3.
Deixo esta maravilha.
A primeira vez que a ouvi, chorei.
Descreve a treta que é crescer, antecâmara de chatices próprias de senhores crescidos.
Pelo menos é o que o meu cartão de cidadão diz.Que sou um senhor crescido e responsável...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ando viciado nisto

Mandei vir da amazon três livros da série "sharpe" do bernard cornwell.
Apetecia-me ler qualquer coisa mais leve, no género aventura e as críticas dos leitores eram positivas.
O conjunto de livros para quem não conhece, acompanha um militar do exército britânico no início do séc. XIX- richard sharpe- desde soldado até chegar a oficial.
Começa na india, passando pelas guerras napoleónicas.
Não é grande literatura é certo.Mas está muito bem escrito, com ritmo.
Cada capítulo acaba com um momento de perigo que leva um gajo a não conseguir parar de ler.
Já vou no segundo (a capinha vem abaixo)e tem tudo. Traidores muuuito maus, mulheres que não resistem ao herói, tiroteios a meio da noite.
Sinto que ainda me vem parar a colecção toda cá a casa...



Caraças, esqueci-me da minha mãe ao lume...

Hoje a minha querida mãe faz anos.
Como não quero misturar a minha vida profissional com a pessoal e pelo facto de a senhora muitas vezes me dar um camadão de nervos, só lhe liguei ao final do dia.
Bem me lixei.
-"olá mãe! Para..."

-"umpf! sabes que dia é hoje?"

-"sei por isso estou a ligar agora e..."

-"o meu dia começou de manhã dumb witness (aqui usou o meu "nome civil".Mas a aura de mistério da net é tão bonita não é?)"

- "pois mas é que eu..."

-"deixa, deixa"

(suspiro)

Lá está, apanhei um camadão de nervos.O normal, portanto.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Anti depressivo

Quando um gajo se apercebe que não tem a sorte de trabalhar numa área que que lhe dê prazer é sempre de fugir. Existe a necessária motivação (adulta chuif)de ganhar o pão para a boca.Mas passado pouco tempo e no meu caso em concreto só me dá vontade de:
1) cortar os pulsos,

2) matar os meus colegas à bordoada,

3) icendiar o local de trabalho,

4) todas as que antecedem e mais alguma que o tempo e a imaginação permitam antes que a polícia me deite a mão,

Vai daí o facto de a minha cara metade me estar gentilmente a empurrar novamente para um novo curso de escrita nivela-me o humor.
Ao contrário da maior parte da malta que frequenta este tipo de curso, não estou ansioso para ser descoberto nem de ser saudado como um génio.
Sinto-me chocado quando ouço malta a dizer a plenos pulmões que estão a escrever um argumento ou um livro sem um final preciso em mente, sem arco de história, sem personagens capazes.
Sem nada portanto.
E ainda se gabam!
O que quero sempre nestas coisas é aprender os mecanismos que me levam a colocar em papel aquilo que vai ocupando a cabeça desde criança.
A razão? Porque sim

domingo, 4 de setembro de 2011

Aprumadinho-Sou um gajo tão porreiro com a minha sapiência

Podia ser um cabrão de primeira apanha.
Fechar-me numa concha e não partilhar com todos vós que por aqui passam a minha concreta e prática visão do mundo.
Não sou diferente de vocês.
Ok, talvez um pouco porque sou um gajo que se farta de reflectir.
E que sente.Sente até sofrer.Ainda ontem vi um cãozito abandonado e tive que abrandar o carro porque fiquei com os olhos embaciados.
Felizmente que o sacana do cão se assustou com a buzina e bazou.Tinha coisas para fazer e a pena tem o seu tempo...
E fico preocupado com todos vós, aí sozinhos à espera que eu bata teclas para vos dar consolo.
Raros são os dias em que não recebo telegramas, telefonemas, mails e pombos correio com os vossos problemas e questões.
Em diversas ocasiões fico com uma dor na mona que só eu sei.
Porque penso muito no que me transmitem e do que de mim esperam.
Podia borrifar-me no que me pedem, mas sou boa pessoa o que hei-de fazer?
E não fujo das responsabilidades dos meus conselhos.
Existe malta especializada (médicos, psiquiatras por aí fora), mas falta o mais importante. O porreirismo que eu tenho.
Às vezes, tenho medo do que vos transmito, mas que hei-de fazer?Sou bonzinho!Se errar, desculpem-me tá?
Mas digam-me alguma coisa tá?


Ataque de pânico

Não sei se algum de vós já teve um ataque de pânico.
É horrível.Parece uma palavra escolhida à pressa, mas não me ocorre outra.
Começa a sentir-se uma sensação de calor.Irradia do peito para tudo o que rodeia.
O chão começa a desfazer-se como peças de puzzle.
As cores do mundo alteram-se, desbotadas.
O ar custa a entrar nos pulmões.Entra em golfadas, com o ritmo das lágrimas que aguardam por sair.Lá vêm elas, quentes e pastosas, coladas à cara.
A boca sabe a sangue.Nem o sabor do quinto cigarro o tira.
O cérebro fica embrulhado em película aderente, dormente.
Tive um deste hoje.
E não, não são "coisas da cabeça das pessoas" que passam por si...



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Aprumadinho-coisas que me dão prazer

Morfar.Não sei por vocês, mas assim que recebo o subsídio de desemprego, adoro ir ao lidl comprar umas coisinhas para enganar a fome.
Se estiverem no final do mês, podem sempre comprar uma lasanha de quilo que os gajos têm à venda.Fria ainda marcha ao pequeno-almoço.


Aprumadinho-encalhados e solitários

Há malta que sofre.Muito e em silêncio.
Porque tem medo dos seus sentimentos.Dos enfrentar.Daí até se encostarem a qualquer pessoa que lhes passe pela frente é um passo.
Não percebem muitas das vezes que podem ser felizes sozinhas. Façam malabarismo com motoserras ou vejam o hernâni de carvalho por exemplo.
Mas é preciso não entrar num ciclo vicioso de procura sem sentido.
Sejamos felizes em fazer o que nos dá prazer sozinhos. O doce amor ou viajar por exemplo.Não há nada pior do que fazer o doce amor com alguém de quem não gostamos.Ou apanhar o barco até à trafaria.
É por isso que nunca me toco ou saio de casa.
Temos que aprender a ser felizes na nossa pele.Por essa razão já estou enfrascado em diazepam e rum desde as 8 da manhã.
Não sei se já cheguei ao quarto parágrafo (eu escrevo a metro), mas pronto acho que perceberam a ideia...

Deixarem-me da mão ok?

Pelo facto de trabalhar no bonito mundo da finança não quer dizer que morra de amores por aquilo ou que ande sempre em cima dos sucessivos arrotos que o ministro das finanças vai produzindo.
Vem isto a propósito da valente seca que ontem levei ao sair do trabalho.
Apanho um cliente e vai de me dar uma seca brutal sobre o plano engenhado (supostamente, porque a troika é que manda no burgo) pelo passos coelho para salvar portugal.
(suspiro) A ver se nos entendemos. Estou-me nas tintas para essa treta.
Tenho muito livro para ler, muito filme para ver.Enfim, muita vida para viver para além do gaspar.
Mudem de assunto porra!
Poupem as pessoas ok?